03 de Julho de 2016
Biquíni faz história…
Nos 70 anos da peça, Munik posa com modelos de diferentes épocas
A peça adorada por homens e mulheres chega aos 70 anos. E, para festejar a data do biquíni, uma espécie de segunda pele das cariocas, convidamos Munik Nunes, do ‘‘BBB’’, para experimentar modelos que marcaram época. O biquíni de bolinha amarelinha tão pequenininho, usado por aquela Ana Maria, pode até ser um dos mais famosos, mas não foi o primeiro. O lançamento da peça aconteceu no dia 5 de julho de 1946, em Paris, e para celebrar os seus 70 anos, a coluna convidou a vencedora do “Big Brother Brasil” Munik Nunes para mostrar modelos de diferentes épocas. O que ela e o biquíni têm em comum? Os dois fazem aniversário no mesmo dia, com 50 aninhos de diferença.
Depois de ter aproveitado bastante a piscina da casa, esta é a primeira vez que Munik Nunes posa de biquíni desde que deixou o confinamento e, com a confiança de quem não tem nada a esconder, fez poses, caras e bocas com todos os modelos. E, apesar de ter se divertido mais com o modelo asa-delta e as cores fortes características dos anos 80 que vieram junto com ele, a goiana admite que prefere os menores modelos, mas não é fã das marquinhas: “Não gosto de ficar no sol para me bronzear”.
A afirmação talvez venha de uma falta de costume. Apesar de agora morar no Recreio, pertinho da praia, ela conta que não tem aproveitado o litoral carioca, e revela que faz pouco tempo que viu o mar pela primeira vez. “Foi em Santos, eu tinha 16 anos e tive vontade de chorar na hora”, recorda ela, que se entrega: “Morro de medo do mar, vou à praia e só molho o pé.
Para as fotos, Munik chega com três quilos a menos e confiança a mais. Após ter revelado, num outro batepapo com a Retratos, que tinha vontade de fazer uma lipoaspiração para eliminar uma gordurinha na barriga, ela dispara: “Nada me incomoda no meu corpo, estou satisfeita. Aquela gordurinha que eu tinha, foi embora”.
E, se para nós os 70 anos do biquíni mereceram comemoração, os 20 aninhos de Munik devem passar quase em branco. A gata afirmou que não gosta de celebrar o aniversário, e que vai embarcar para Goiânia, sua cidade natal, para receber o carinho da família: “Lá deve ter um bolinho, minha mãe não vai deixar passar em branco”.
ANOS 2000
O biquíni passou por diversas transformações. Mas o modelo de lacinho continua um clássico revisitado de tempos em tempos e faz sucesso no mundo todo. É o preferido das cariocas, que souberam adequá-lo ao corpo como ninguém.
ANOS 80/90
Lycra brilhante, cores fortes, como verdelimão e rosa-pink, o fio-dental e o asa-delta (modelo da foto) foram uma febre, assim como o sunquíni. Quanto mais o bumbum aparecesse, melhor.
03 de Julho de 2016
Avô leva saquinho de pipoca ao enterro do neto: ‘É a maconha’
Enterro de jovem assassinado no Morro do Borel é marcado por pedidos de justiça
Antônio Alves, de 66 anos, foi ao enterro do neto, ontem, no Cemitério do Catumbi, levando os saquinhos de pipoca que Jhonata Alves, de 16 anos, carregava quando foi baleado e morto por um PM. ‘‘Isso aqui é a maconha que estava com meu neto. Ele não era bandido’’, desabafou. O corpo do adolescente Jhonata Dalber Mattos Alves, de 16 anos, foi enterrado na tarde de ontem, no Cemitério do Catumbi, na Zona Norte do Rio. Dezenas de parentes e amigos prestaram as últimas homenagens ao rapaz, morto pela PM com um tiro na cabeça na noite da última quinta-feira, no Morro do Borel, na Tijuca. A mãe do menino, Janaina Mattos Alves, de 32 anos, ficou agarrada ao caixão durante o cortejo entre a capela e o local do sepultamento.
Parentes e amigos se emocionaram no enterro do adolescente, morto com um tiro na cabeça
<< Isso aqui é a ‘maconha’ com a qual meu neto estava>> Antônio avô de Jhonata, com o saco de pipoca
Algumas pessoas usaram camisas com a foto do rapaz e mensagens de luto. Bastante emocionado, o avô Antônio Alves, de 66 anos, voltou a afirmar que o neto foi baleado pelos policiais militares da UPP quando
saiu para buscar saquinhos de pipoca na casa de uma tia.
— Isso aqui é a “maconha” com a qual meu neto estava. Ele não era bandido — afirmou Antônio, mostrando os saquinhos para pipoca ainda manchados de sangue.
Ao sair da casa da tia, Luana Alves, com os saquinhos, que seriam usados em uma festa junina do irmão caçula, Jhonata avisou: “Pode deixar que amanhã volto”. Luana, a última parente a ver o menino com vida, garantiu que o menino chegou a se render antes de ser alvejado.
— Meu sobrinho levantou o braço e mesmo assim levou um tiro de fuzil na cabeça. Essas aqui são as balas que o atingiram — disse, mostrando cápsulas: — Só peço justiça. Meu sobrinho não era bandido.
Após o enterro, o policiamento nas entradas do Morro do Borel foi reforçado. Era possível ver viaturas da PM nas principais entradas da comunidade. Até a noite, não havia registro de tumulto na região.
03 de Julho de 2016
Segurança com Beltrame teve verba recorde
Nos nove anos à frente da pasta, secretário arrecadou mais até do que Saúde e Educação.
“Vim pedir mais dinheiro aos deputados”, contou José Mariano Beltrame ao visitar a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) há 20 dias. Um mês antes, o secretário de Segurança já havia dito, em outra ida à Casa, que precisava de R$ 9 bilhões para ações relativas aos Jogos Olímpicos: “Não quero nada a mais e nada a menos”, afirmou na ocasião. Em março, ao ter o orçamento cortado em 35%, em meio à crise financeira no governo do estado, queixou-se de que o valor restante para investimento seria de “praticamente zero”. Contudo, a despeito das recentes reclamações e pedidos, a verba destinada à Segurança cresceu como nunca antes ao longo da gestão de Beltrame.
SALTO Em nove anos, valor gasto com a PM, a Civil e a Seseg, somadas, mais do que triplicou RESPOSTA A secretaria alega que destina 70% do dinheiro à folha de pagamento
Somados, os orçamentos da Polícia Militar, da Polícia Civil e da Secretaria de Segurança aumentaram 215,6% de 2007, primeiro ano de Beltrame à frente da Secretaria de Segurança (Seseg), até o ano passado. Ao todo, foram desembolsados quase R$ 35 bilhões nessas três áreas ao longo de nove anos e meio, até junho deste ano. O valor é maior do que o destinado no período à Secretaria estadual de Educação (R$ 32 bilhões) e ao Fundo Estadual de Saúde (R$ 30 bilhões), que por lei deve corresponder a 12% de todas as receitas com impostos — veja no infográfico abaixo.
As contas foram feitas pelo EXTRA com base nos dados do Portal da Transparência do Governo do Estado, através da opção “Orçamento fácil”. Foram tomados como base os valores que constam como “liquidados” nas despesas anuais — éa partir desses números, por exemplo, que chega-se às cifras mínimas do próprio Fundo de Saúde.
Entre 2004 e 2006, segundo as planilhas mais antigas do Portal da Transparência, a PM, a Polícia Civil e a Seseg custaram uma média de R$ 2,9 bilhões anuais aos cofres estaduais, já com a correção inflacionária. Com a chegada de Beltrame, também em números corrigidos, o valor médio saltou para R$ 4,7 bilhões por ano — um aumento de 62,3%. O crescimento é ainda mais significativo entre 2006, último ano antes de o secretário assumir, e 2015: 103%, ou pouco mais do que o dobro.
Procurada, a Seseg ressaltou que mais de 70% de seu orçamento é destinado à folha de pagamento, além de despesas de custeio. “Entre junho de 2007 e junho de 2015, o efetivo policial do Estado do Rio de Janeiro teve um aumento de quase 9 mil homens”, acrescenta a nota, cuja íntegra está disponível no site do EXTRA.
03 de Julho de 2016
Atriz Christine Fernandes é assaltada: ‘Ele ia me matar’
Christine Fernandes contou que, após apontar arma, o bandido fugiu com relógio
<< Fora o emocional destruído, tudo. Um milagre não ter levado uma bala. Só posso agradecer>> Christine Fernandes Atriz
Atriz relatou momentos de desespero ao ser assaltada, na Barra. ‘‘Milagre não ter levado uma bala’’. A atriz Christine Fernandes, de 48 anos, viveu momentos de pânico na tarde de ontem, ao ficar diante da mira da arma de um bandido. Ela foi vítima de um assalto na Avenida das América, na Barra da Tijuca, e teve o relógio levado pelo criminoso, que ainda perguntou se o objeto roubado era “original”.
De acordo com a atriz, a abordagem aconteceu logo depois que ela desceu de um carro, diante de uma loja de artigos para animais. Pelas redes sociais, Christine fez diversas postagens relatando o terror vivido:
“O cara me seguia aparentemente desde o BarraShopping. E já saltou apontando a arma e dizendo que ia me matar se eu não passasse o relógio”, escreveu ela no Twitter, nitidamente abalada.
Segundo testemunhas, o responsável pelo roubo estava em uma motocicleta vermelha. Após reconhecer as dificuldades enfrentadas pelos policiais no Rio, em virtude da grave crise financeira enfrentada pelo governo do estado, a atriz garantiu que iria até uma delegacia para registrar ocorrência.
“Como cidadã, mesmo sabendo que nossa policia não tem dinheiro nem para gasolina, vou dar queixa. E pedir a câmera de segurança da loja”, continuou Christine, na mesma rede social.
CRÍTICAS À SEGURANÇA
O crime aconteceu no dia do aniversário de 13 anos do único filho da atriz. Logo
após lembrar desse fato, Christine Fernandes continuou o desabafo, fazendo duras críticas à segurança no Rio às vésperas dos Jogos Olímpicos, que começarão dentro de pouco mais de um mês.
“Fora o emocional destruído, tudo. Um milagre não ter levado uma bala. Só posso agradecer”, resumiu a atriz para seus seguidores.
03 de Julho de 2016
Polícia receberá os atrasados até o fim da semana
Até o fim desta semana, o governo do estado vai acertar com os servidores da Segurança os salários de junho, o Regime Adicional de Serviço (RAS) e a bonificação referente ao 1° semestre de 2015 do Sistema Integrado de Metas (SIM). A decisão foi tomada, ontem, pelo governador em exercício Francisco Dornelles.
Em reunião no Palácio Guanabara, Dornelles começou a definir a utilização da verba de R$ 2,9 bilhões liberada pelo governo federal. A segunda parcela dos salários de maio será paga amanhã.
Além dos pagamentos da RAS pendentes, será efetuado o pagamento da RAS Olímpica, que, sozinho, vai custar R$ 43 milhões e bonificar três mil policiais que trabalharão durante os Jogos.
Já a premiação do SIM relativa ao 2º semestre de 2015 será paga na folha de agosto, no 10º dia útil de setembro.
— Nosso compromisso é com os servidores. Por isso, vamos começar a usar os recursos com eles. Eu posso garantir que, com a verba enviada pelo presidente Michel Temer e com o empenho das polícias militar e civil, vamos ter a Olimpíada mais segura da história — afirmou Dornelles.
Estiveram na reunião os secretários de Fazenda (Julio Bueno), Planejamento e Gestão (Francisco Antônio Caldas) e Segurança (José Mariano Beltrame), o comandante da PM (coronel Edison Duarte dos Santos) e o chefe da Polícia Civil (Fernando Veloso).
03 de Julho de 2016
Indicar produto na internet pode render dinheiro
Mercado de afiliados atrai milhares de brasileiros que ganham comissões com vendas
Diante de uma severa crise econômica, uma alternativa de geração de renda extra vem arregimentando milhares de pessoas pela internet: o mercado de afiliação. Mesmo ainda pouco difundida no país, a atividade chega a receber até 20 mil novos inscritos no Brasil, mensalmente, segundo dados do Instituto Brasileiro de Marketing de Afiliados (IBM Afiliados). O interessado recomenda um produto ou um serviço aos amigos, por meio de blogs, sites e redes sociais. Se um contato fizer a compra, quem divulgou recebe uma comissão de 5% a 20% do valor.
Os sócios Pedro e Marcelo pediram demissão e, hoje, trabalham com o mercado de afiliação
— Quantas vezes um amigo não pediu sua opinião sobre um serviço, e você o recomendou de acordo com sua experiência? Agora, é possível ganhar dinheiro com isso — disse o engenheiro Marcelo Najnudel, de 37anos, fundador do site Curti Vendi e Fulllab.
Ele e o sócio, o publicitário Pedro Vasconcelos, decidiram pedir demissão para montar uma rede de afiliados. Na prática, qualquer pessoa física ou jurídica (empresa) pode ser um deles. Para isso, é necessário ter um site, um blog ou um perfil em rede social — de acordo com as regras de aprovação — e fazer seu cadastro.
— A pessoa pegar um banner ou um link para seu perfil. Se vender um sapato que custou R$ 200, vai receber R$ 20, ou seja, 10% de comissão. No fim do mês, faz diferença — disse Amanda Santoro, diretora de Marketing da Afilio.
Segundo uma pesquisa encomendada pela rede Lomadee, que tem 270 mil pessoas registradas, a maioria obtém até um salário de renda mensal por meio da plataforma. Além disso, 27% têm um emprego no setor privado. Outros 21% são autônomos, e 9% estão desempregados. Em média, a renda pessoal vai de três a cinco mínimos (de R$ 2.640 a R$ 4.400).
03 de Julho de 2016
BANCO AUTORIZOU EMPRÉSTIMO FALSO EM NOME DE BENEFICIÁRIO
Alguém se apropriou dos dados dos meus documentos e fez um empréstimo junto ao banco em que recebo meu benefício, e o INSS permitiu descontos em meu salário. Gostaria de saber quem vai ressarcir meu prejuízo? DIOGO ALMEIDA Por e-mail
A primeira providência é comunicar e formalizar a reclamação da transação não autorizada ao banco que concedeu o crédito. Além disso, o consumidor também terá que procurar a autoridade policial e registrar o caso na Delegacia de Polícia . O terceiro passo é procurar a agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que recebe ele recebe o benefício para que possa fazer o pedido de cancelamento do empréstimo e, finalmente, requisitar o ressarcimento dos descontos feitos pelo INSS.
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03 de Julho de 2016
PAGAMENTO DO BENEFÍCIO DO AUXÍLIORECLUSÃO À FAMÍLIA
Meu companheiro está preso e eu estou recebendo auxílio-reclusão desde julho de 2012. Gostaria de saber até quando vou receber esse benefício?
LUIZA SANTOS Por e-mail
O auxílio-reclusão deixará de ser pago aos dependentes com a morte do segurado e, nesse caso, será convertido em pensão por morte. O benefício será cessado em caso de fuga, liberdade condicional, transferência para prisão albergue, extinção da penado, quando o dependente completar 21 anos.
03 de Julho de 2016
Maternidade de Nova Iguaçu vira referência para a Baixada
Quase metade do atendimento na Mariana Bulhões é para mulheres de outras cidades
Já sentindo as dores do parto, a dona de casa Silviane Amado de Figueiredo, de 27 anos, desesperou-se depois de procurar duas maternidades e não conseguir atendimento. Sua via-crúcis começou na madrugada do último dia 15. Com muita dor, a moradora do bairro Santa Tereza, em Belford Roxo, foi para o Hospital da Mulher, em São João de Meriti. Passou pelo exame de toque e foi orientada a voltar para casa. Seguiu para a Maternidade Nossa Senhora da Glória, em Belford Roxo, mas recebeu a informação de que só os casos de emergência seriam atendidos. Ao meio-dia, voltou para casa:
Final feliz para a família: Silviane deu à luz o pequeno Enzo depois de passar por outros dois hospitais de Meriti e Belford Roxo
— No dia 16, decidi vir para a Mariana Bulhões. Cheguei por volta das 20h. A médica fez o toque, viu que a bolsa tinha estourado e me internou.
O pequeno Enzo Gabriel nasceu à 1h45m do dia 17.
Cerca de 45% dos atendimentos na Maternidade Municipal Mariana Bulhões, em Nova Iguaçu, na Baixada, são para pacientes de fora do município. O maior número vem de Belford Roxo, Japeri e Queimados.
Devido à superlotação, a unidade restringiu o atendimento desde o dia 23.
— Até o dia 30, tínhamos 39 leitos e estávamos com cerca de cem mulheres internadas. Então, deixamos acompanhantes só para pacientes menores de idade e fizemos uma avaliação para atender os casos mais urgentes — explicou a diretora médica da unidade, Danielle Freitas.
Para ela, a alta procura pela Mariana Bulhões se deve à falta de maternidades em boa parte da região e aos serviços prestados em Nova Iguaçu. Entre eles, os testes rápidos para diagnosticar HIV e sífilis. A maternidade também tem ambulatório para grávidas com zika.
Para dar conta da intensa demanda, foi inaugurada, na sexta-feira, a expansão, com 40 leitos de alojamento conjunto para mães e bebês.
A direção do Hospital da Mulher informou que a paciente foi examinada e não foi constatado trabalho de parto. Por isso, recebeu alta. A Prefeitura de Belford Roxo disse não ter acesso aos atendimentos da Maternidade Nossa Senhora da Glória, particular e conveniada com o SUS.
ATENDIMENTOS A BEBÊS E GESTANTES
MARIANA BULHÕES
Também foi inaugurada na sexta-feira a Casa Gestante Bebê e Puérpera (CGBP) com capacidade para 15 pessoas: grávidas em observação, bebês ganhando peso e mães com dificuldades financeiras que moram distante e devem acompanhar a recuperação do bebê.
PARTOS
A Maternidade Mariana Bulhões foi reinaugurada em dezembro de 2013. Desse período até maio deste ano, foram realizados 10.573 partos.
TESTES
Na unidade, são feitos os testes do coraçãozinho, da orelhinha e do olhinho. Bebês internados por mais de 72 horas também realizam o exame do pezinho.
OUTRAS CIDADES
Mesquita: testes da orelhinha, do olhinho e da linguinha são feitos na Policlínica Municipal. O do pezinho, em Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Caxias: o do pezinho é feito em unidades do Programa de Saúde da Família (PSFs) e em unidades pré-hospitalares de Pilar, Imbariê, Xerém, Saracuruna e Parque Paulista. Os outros, na maternidade do Hospital Dr. Moacyr do Carmo. Meriti: o do pezinho é feito em UBSs e PFSs. O Hospital do Morrinho (pelo SUS) faz todos esses testes, segundo a prefeitura.
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03 de Julho de 2016
Especialistas explicam crise
O clima de tensão é muito grande para os PMs: mais de 50 foram mortos neste ano, e os agentes recebem salários baixos — com muitos dias de atraso e de forma parcelada — para enfrentarem, diariamente, rivais que usam armas mais eficientes. A antropóloga Alba Maria Zaluar explica que essa angústia, apesar de não justificar erros, pode ser uma das causas de ações como a que matou Jhonata:
— Os policiais estão com muito medo. Matar um inocente é um erro brutal, mas há uma tensão inevitável. Será muito difícil acabar com esses erros se algo não for feito para diminuir a tensão.
Presidente da Associação de Oficiais Militares Estaduais do Rio de Janeiro, o coronel da reserva Carlos Fernando Ferreira Belo destaca que, se de fato o projétil partiu de um policial e atingiu um inocente, a crise e o estresse não podem ser usados como justificativa:
— Teoricamente o policial é preparado para as vicissitudes (mudanças e situações desfavoráveis). Essa situação (a morte no Borel) precisa ser investigada. A crise tira todos do sério, mas não há um nexo causal entre as duas coisas.
Cientista social, Jacqueline Muniz afirma que o modelo usado no estado não garante boas condições para policiais:
— O Rio confundiu UPP com política de segurança pública, e estamos pagando o preço disso. Quando o PM está inseguro no exercício das funções, sob estresse, e não há investimentos na saúde ocupacional dos militares, a taxa de equívoco tende a aumentar.